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domingo, 29 de julho de 2018

Antes da meia-noite

Que final patético pra uma trilogia que, apesar da singeleza e lugar comum do ponto de partida, tinha se saído bastante bem nos primeiros dois filmes.
Jura que não foi possivel explorar com um pouco mais de maturidade as dificuldades do fim da juventude, da perspectiva da velhice, a preocupação com os filhos, e a relação com a amor nesta fase da vida? Não sou contra os atores e lugares lindos, o ambiente "branco e rico". Mas tem que colocar o sofrimento, e porque não?, a grandeza humana ali. Aquela briga babaca, por ciúmes, no fim...credo. E aí emerge a frustraçao da mulher...e o cara é bacana, é bacana, é bacana...ca-ra-le-o!

Silêncio - Scorsese

O filme não é melhor porque adota o ponto de vista da fé católica. A ação os padres que abjuraram a fé católica é apresentada a partir do entendimento que eles não traíram, nem duvidaram, de sua fé. Aceitaram a derrota política, impediram a morte de mais cristãos, o que, secretamente, significa continuar fiel. É o que Ferrreira, alias, diz a Rodrigues, no momento de sua abjuração: é o que Cristo faria.
Desta posição, as inteligentes podenrações politicas dos japoneses são vistas como razoáveis, mas como "o poder", enquanto a fé é uma realidade de outra ordem, a da Verdade.
Em momento algum, de fato, os cristãos sentem a possibilidade do que diz o tradutor japones, de que no fundo as fés são semelhantes, ou seja, não sentem balançar suas certezas.
Aí, o que diz Ferreira, que os japoneses não entendem a fé cristã, é só uma mentira útil.
Se sentissema dúvida, se o Silêncio fosse teologicamente mais profundo, não haveria necesidade de tantos diálogos, e a bela fotografia, que sugere uma relação com a expressão plastica japonesa, das gravuras bidimensionais, teria um outro peso na narrativa
Pra começo de conversa, se poderia euilbrar a violência geopolitica, pondo em perspectiva a violencia colonial portuguesa também - e não só a violencia japonesa.